A Felicidade

Falar de Felicidade não é fácil. Por diversas razões. Mas, curiosamente, foi este o assunto que dominou o convívio, a troca de ideias, os desabafos no Chá de Amigas, organizado pela Guida Design de Eventos, que decorreu na Casa da Ínsua, no Dia da Mãe.

Fui convidada a participar enquanto fornecedora e confesso que senti alguma ansiedade nos dias que antecederam o encontro. Sabia de ante-mão que o evento seria mais do que uma montra de produtos ou serviços, seria acima de tudo, um momento de partilha de dicas no feminino. Por isso, fiquei surpreendida quando a anfitriã do evento e mentora da Guida Design de Eventos, Lúcia Simões, conduziu a conversa e estabeleceu pontos de convívio e de interligação com o tema Felicidade.

“Fazer o que me faz feliz”. Foi este o pensamento que assolou esta profissional activa da área da Comunicação quando chegou aos 30 anos. A Guida Design de Eventos foi a resposta a esse chamamento ou dúvida existencial. E foi dessa urgência em encontrar algo que a fizesse feliz, foi desse ponto de partida que Lúcia Simões uniu as cerca de 45 pessoas presentes em torno de afectos.

Afectos pelos familiares, afectos pelos pormenores da vida, afectos pela criação artística, afectos pelos projectos profissionais. Em 45 pessoas, houve muitas ligações, mas ao mesmo tempo houve espaço para acolher os deiferentes pontos de vistas ou as diferentes vontades ou as diferentes formas com que cada um sente a felicidade.

No meu caso, o que me faz feliz é algo muito simples, mas nem sempre praticável. Adoro estar em família e com os “familiares do peito” os meus amigos. Adoro sentar toda a gente em redor de uma mesa farta de comida, de conversas, de gargalhadas, de lágrimas ao canto do olho, de sorrisos cúmplices, de tagarelices semi-adolescentes, de anedotas, de cantigas, de convívios, de afectos. Há lá coisa melhor que passar tempo de qualidade com aqueles que amamos?

Sinto que a mudança que ocorreu no Reservatório de Sensações, em que deixou de ser um repositório de textos para passar a ser um espaço e partilha de um estilo de vida rústica, também reflecte a mudança que ocorreu dentro do meu ser. “Fazer o que me faz feliz”. Há quem me ache antiquada, apenas porque gosto de estar na cozinha sem pensamentos gourmet, apenas com o intuito de alimentar a família. O que algumas pessoas se esquecem é que o alimento não é só o que se come, são também os afectos que se proporcionam, é o acompanhamento que se faz todos os dias.

Vou ali ser feliz e já volto.


Fotos cedidas gentilmente pelo Blog ABeira-te



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